O II Simpósio Internacional de Inclusão no Ensino Superior: O Direito à Diferença é um evento acadêmico que tem como objetivo discutir a inclusão de grupos historicamente marginalizados no ensino superior, em uma perspectiva de reconhecimento e valorização da diversidade.
Durante o evento são realizadas palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos e outras atividades relacionadas ao tema da inclusão no ensino superior, proporcionando um espaço de diálogo e troca de experiências entre os participantes, o evento conta com a participação de especialistas e pesquisadores de diferentes países.
O Direito à Diferença é especialmente importante para a inclusão de pessoas com deficiência no contexto educacional, uma vez que as pessoas com deficiência são muitas vezes alvo de preconceito e discriminação, o que pode dificultar o acesso e a permanência delas no ensino superior.
A inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior é um direito garantido por lei em diversos países, inclusive no Brasil, e deve ser promovida por meio de políticas e práticas que garantam a acessibilidade e a adaptação dos espaços e recursos educacionais, além de proporcionar apoio pedagógico e tecnológico adequado para atender as necessidades específicas de cada estudante.
Para que o Direito à Diferença seja garantido no contexto da inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior, é preciso que sejam adotadas medidas para promover a acessibilidade arquitetônica e comunicacional, disponibilizar recursos educacionais acessíveis, como audiodescrição, legendagem, materiais em braile, entre outros. Além disso, é importante que sejam oferecidos suportes específicos, como acompanhamento de intérpretes de Libras, tutores para apoio pedagógico, entre outros, para que esses estudantes tenham as mesmas oportunidades e condições de aprendizagem que os demais estudantes.
Assim, o Direito à Diferença no contexto da inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior é um importante passo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e diversa, que valoriza e respeita as diferenças de cada indivíduo.
Quando:
29, 30 e 31 de março/2023
Modalidade:
Híbrido
Localização:
Largo São Francisco, 95 - Centro, São Paulo - SP
Certificação:
Certificação de 36h emitida pela Faculdade de Direito da USP em conjunto com Associação Nacional para Inclusão de Pessoas Autistas
O espaço de regulação sensorial, também conhecido como sala de integração sensorial, é um ambiente terapêutico projetado para ajudar crianças e adultos com dificuldades sensoriais a regular suas respostas sensoriais.
Essas dificuldades sensoriais podem incluir uma hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos sensoriais, como sons, luzes, texturas, movimentos e aromas. O espaço de regulação sensorial é projetado para fornecer aos indivíduos uma ampla gama de experiências sensoriais controladas e repetitivas, com o objetivo de ajudá-los a regular suas respostas sensoriais.
O espaço de regulação sensorial pode incluir uma variedade de equipamentos e atividades, como balanços, túneis, trampolins, brinquedos sensoriais, caixas de areia e mesas de luz. Os terapeutas que trabalham nesse ambiente podem ajudar os indivíduos a se engajarem em atividades que os desafiam a integrar e modular suas respostas sensoriais.
O objetivo final do espaço de regulação sensorial é ajudar os indivíduos a se tornarem mais conscientes e capazes de regular suas respostas sensoriais, o que pode ajudá-los a lidar melhor com o mundo ao seu redor e a melhorar sua qualidade de vida.
A Clínica Ludens e Spider irão participar deste evento com a montagem de uma Sala de Acomodação Sensorial e irão compartilhar sobre esse “mundo sensorial” que faz parte de nosso cotidiano na construção de nossos tratamentos e na busca de ampliação de possibilidades de uma vida mais funcional, confortável e inclusiva.
Imagem Ilustrativa
Cesar Nunes é licenciado em Filosofia, História e Pedagogia. Concluiu o Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas em 1996 e defendeu a Livre Docência em 2006. É Professor Titular da Faculdade de Educação, na área de Filosofia e Educação e atua nas linhas de pesquisa Política, Ética e Educação (1), Epistemologia e Teorias da Educação (2 e Educação, Filosofia e Direitos Humanos (3). Publicou 59 artigos em periódicos especializados e 391 trabalhos em anais de eventos. Possui 36 capítulos de livros e 37 livros publicados. Participou de 612 eventos no Brasil e 36 eventos no Exterior. Orientou 65 dissertações de mestrado e 45 teses de doutorado na Área de Educação, 238 trabalhos monográficos ou trabalhos de conclusão de curso de graduação. Atua na Área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, destacando-se por Estudos e Pesquisa na Área de Formação de Professores, Política Educacional, Sexualidade e Educação, Direitos Humanos e Educação. É o Coordenador Geral (Líder) do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia e Educação PAIDEIA, exerce a Coordenação da Linha de Pesquisa Filosofia e História da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação/UNICAMP. É Presidente Nacional da ABRADES. Finalizou 28 trabalhos de pesquisa e supervisionou 29 estudos de Pós Doutorado. Atua como Professor Colaborador no programa de Pós Graduação em Direitos Humanos da UFT/ENFAM Tocantins e no Instituto IGC (Ius Gentium Conimbrigae) da Universidade de Coimbra PT. É membro fundador, presidente do Conselho Científico e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas e Promoção dos Direitos Humanos (INPPDH).
Temple Grandin é uma autora, palestrante e ativista americana conhecida por seus trabalhos relacionados ao autismo. Ela é uma das primeiras pessoas a falar publicamente sobre suas experiências de vida com o autismo e se tornou uma voz importante na defesa dos direitos das pessoas com autismo.
Grandin também é conhecida por suas contribuições significativas para o entendimento do autismo e por desenvolver soluções inovadoras para ajudar pessoas com autismo a lidar com suas dificuldades. Ela é autora de vários livros sobre o tema, incluindo "Pensando em Imagens" (Thinking in Pictures), "Desvendando o Autismo" (Unwritten Rules of Social Relationships) e "O Cérebro Autista" (The Autistic Brain).
Seu trabalho mais conhecido é "Desvendando o Autismo", que ela co-escreveu com Sean Barron. O livro explora as dificuldades que as pessoas com autismo enfrentam na compreensão e na interação com outras pessoas e oferece sugestões práticas para ajudar a superar essas barreiras.
Grandin também é reconhecida por suas contribuições para o design de instalações para gado, baseadas em suas habilidades sensoriais únicas e sua capacidade de visualizar como os animais veem o mundo. Seu trabalho nessa área ajudou a melhorar o bem-estar dos animais em instalações de processamento de carne em todo o mundo.
Em resumo, o trabalho de Temple Grandin sobre autismo é extremamente valioso e tem ajudado a aumentar a conscientização sobre as necessidades e habilidades das pessoas com autismo, bem como fornecer soluções práticas para melhorar sua qualidade de vida.
Gisella Fadda é uma psicóloga e pesquisadora que se dedica a estudar o autismo sob a perspectiva da fenomenologia. A fenomenologia é uma corrente filosófica que busca descrever e compreender a experiência subjetiva das pessoas, ou seja, a maneira como elas vivenciam e interpretam o mundo ao seu redor.
No caso do autismo, Gisella Fadda defende que é preciso entender a experiência subjetiva dos indivíduos autistas para poder compreendê-los em sua totalidade. Ela argumenta que a abordagem tradicional, que se concentra apenas nos comportamentos observáveis e nos déficits que os autistas apresentam, não é suficiente para entender as complexidades desse transtorno.
De acordo com a perspectiva humanista e fenomenológica utilizada por Gisella Fadda, as pessoas autistas têm uma maneira particular de perceber e experimentar o mundo, que é diferente daquela dos neurotípicos. Ela enfatiza a importância de se ouvir as vozes dos próprios autistas para compreender sua perspectiva e necessidades.
Essa abordagem tem sido aplicada em diversas áreas, como a psicologia, a educação, a terapia ocupacional, entre outras, como a educação e a terapia ocupacional, com o objetivo de criar ambientes mais inclusivos e adaptados às necessidades dos indivíduos autistas. Essa perspectiva também tem contribuído para a desestigmatização do autismo e para a valorização da diversidade humana.
Ana Brandão é pediatra com expertise em crianças e adolescentes com síndrome de Down, presidente do Núcleo de Estudos sobre a Criança e o Adolescente com deficiência da SPSP, Membro do Comitê Técnico-Científico da Federação Brasileira das Associações de síndrome de Down e co-coordenadora do Grupo Médico Assistencial da pessoa com deficiência intelectual do Hospital Israelita Albert Einstein. A Síndrome de Down e o Autismo são duas condições médicas distintas, mas que podem apresentar algumas semelhanças no comportamento e no desenvolvimento. Embora não exista uma relação direta entre as duas, é possível que algumas pessoas com Síndrome de Down também apresentem características do Autismo.
A Síndrome de Down é uma condição genética que ocorre quando há uma cópia extra do cromossomo 21, resultando em diferenças físicas e cognitivas. As pessoas com Síndrome de Down podem apresentar deficiência intelectual, atrasos no desenvolvimento motor e de fala, além de problemas de saúde associados, como problemas cardíacos e de visão.
Por outro lado, o Autismo é um distúrbio neurológico que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. As pessoas com Autismo podem apresentar dificuldades em se comunicar e interagir com outras pessoas, além de padrões repetitivos de comportamento.
Embora não exista uma relação direta entre as duas condições, algumas pessoas com Síndrome de Down também podem apresentar sintomas do Autismo. Isso pode ocorrer devido a fatores genéticos ou a outras condições médicas que podem ocorrer em pessoas com Síndrome de Down, como a epilepsia ou a deficiência intelectual.
Para diagnosticar o Autismo em pessoas com Síndrome de Down, é importante que os profissionais de saúde estejam cientes das características comportamentais que podem estar presentes em ambas as condições. Além disso, é importante lembrar que cada indivíduo é único e pode apresentar sintomas e características diferentes, mesmo dentro do mesmo diagnóstico.
O tratamento para pessoas com Síndrome de Down e Autismo deve ser individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada pessoa. Isso pode envolver uma abordagem multidisciplinar, que inclui médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde.
Novos olhares sobre a Síndrome de Down e o Autismo podem ajudar a entender melhor as complexidades dessas condições e a desenvolver novas estratégias de tratamento e suporte para as pessoas afetadas. É importante lembrar que, apesar dos desafios, as pessoas com Síndrome de Down e Autismo podem levar vidas felizes e produtivas, com o apoio certo e o acesso a oportunidades educacionais e de trabalho adequadas às suas necessidades.
Valdirene Armenara é graduada em Psicologia (Universidade de Taubaté, Unitau) e Mestre em Inovação Tecnológica (Universidade Federal de São Paulo, Unifesp). Tem 22 anos de experiência em psicologia clínica, organizacional, treinamento, desenvolvimento de pessoas, avaliação e atendimento de pessoas com TEA. Cofundadora do Projeto Educamente – Formação de Educadores para Educação Especial. Em sua mais recente obra, "Transtorno do Espectro Autista (TEA): Manual para o professor de ensino superior". O livro ganhou atenção nacional, pois a maioria das instituições de ensino superior tem formado Núcleos de Acessibilidade e Inclusão (NAIs) para criar políticas e procedimentos para a plena inclusão escolar dos estudantes. No entanto, somente 12% das universidades públicas apresentam ações pontuais de orientação aos professores sobre o estudante com TEA. Para que o professor possa ajudar na inclusão do estudante com TEA, ele precisa estar consciente da potencialidade desse estudante e adquirir conhecimentos sobre o transtorno para atuar com naturalidade em condições de igualdade e equidade social. O livro, na forma de um manual, é o primeiro a apresentar orientações específicas para o professor de ensino superior. O manual apresenta conceitos sobre o TEA em uma linguagem de fácil entendimento, convidando o professor a uma reflexão sobre as potencialidades do estudante com TEA até a conclusão do curso superior.
O direito à diferença e a ética da inclusão são conceitos que se referem à garantia do direito de todas as pessoas, independentemente de suas diferenças individuais, a serem incluídas em todos os aspectos da sociedade. Esses conceitos foram desenvolvidos pela educadora brasileira Maria Teresa Eglér Mantoan, que se tornou uma das principais referências em educação inclusiva no Brasil e no mundo.
Para Mantoan, o direito à diferença significa que todas as pessoas têm o direito de serem respeitadas e valorizadas por suas características individuais, sejam elas físicas, emocionais, cognitivas, culturais, étnicas ou sociais. Essas diferenças não podem ser usadas como justificativa para excluir ou discriminar as pessoas, mas devem ser vistas como parte da riqueza da diversidade humana.
Já a ética da inclusão se refere à obrigação moral que a sociedade tem de garantir que todas as pessoas possam participar plenamente da vida em sociedade, independentemente de suas diferenças. Isso implica em criar condições que permitam que as pessoas com deficiência, por exemplo, tenham acesso a espaços físicos, serviços e oportunidades de educação, emprego e lazer, de modo que possam exercer sua cidadania de forma plena.
Ainda segundo Mantoan, a educação inclusiva é um dos principais meios para garantir o direito à diferença e promover a ética da inclusão. Isso implica em criar condições para que todas as crianças e jovens, independentemente de suas características individuais, tenham acesso a uma educação de qualidade que valorize a diversidade e promova a inclusão social.
Em resumo, o direito à diferença e a ética da inclusão são conceitos fundamentais para garantir que todas as pessoas possam exercer seus direitos e participar plenamente da vida em sociedade, independentemente de suas diferenças. A educação inclusiva é um dos principais meios para alcançar esses objetivos.
A fenomenologia entende que a experiência humana é sempre situada e contextual, ou seja, as experiências e sentimentos de inadequação vividos pelos indivíduos são moldados pelas condições sociais e culturais em que eles estão inseridos. Portanto, o sentimento de inadequação na contemporaneidade pode ser entendido como uma experiência subjetiva, influenciada pelas expectativas sociais e culturais que cercam o indivíduo.
Além disso, a fenomenologia destaca a importância do corpo e da percepção sensorial na experiência humana. Nesse sentido, as pressões sociais e culturais que valorizam a imagem e a aparência física podem afetar diretamente a forma como o indivíduo se percebe e se sente em relação ao próprio corpo, contribuindo para o surgimento do sentimento de inadequação.
Por fim, a André Torres também enfatiza a importância da liberdade e da responsabilidade na experiência humana. Assim, é fundamental que os indivíduos tenham consciência das influências sociais e culturais que afetam suas experiências e que assumam a responsabilidade por suas próprias escolhas e ações. Isso pode ajudar a diminuir o sentimento de inadequação e promover uma maior autenticidade e liberdade individual.
A população trans e autista muitas vezes enfrenta uma série de desafios e obstáculos para garantir o acesso a seus direitos e reconhecimento social. Tanto pessoas trans quanto autistas sofrem com a invisibilidade e o preconceito em muitos aspectos da vida, o que pode levar a violações de seus direitos fundamentais.
As pessoas trans enfrentam diversas barreiras para ter seus direitos reconhecidos, incluindo dificuldades para obter documentação que reflita sua identidade de gênero, discriminação no acesso a serviços básicos como saúde e educação, e a violência transfóbica. Já as pessoas autistas muitas vezes enfrentam dificuldades para terem suas necessidades específicas de comunicação e interação social atendidas, o que pode levar a exclusão e discriminação em diversos ambientes, incluindo o trabalho, a escola e a vida social.
Para a população trans e autista, a interseccionalidade dessas identidades pode aumentar os desafios enfrentados. A falta de representatividade e a falta de compreensão sobre as particularidades dessas vivências podem levar à negação de direitos e à invisibilização de suas demandas.
É fundamental que a sociedade e as políticas públicas estejam atentas a essas questões e sejam inclusivas, garantindo o acesso aos direitos e serviços essenciais para todas as pessoas, independentemente de suas identidades. É preciso promover a inclusão e a valorização da diversidade, reconhecendo que a população trans e autista também têm o direito de serem plenamente reconhecidos e respeitados em sua identidade e direitos.
As interseccções entre as identidades de mulher, preta, mãe e autista trazem desafios e opressões específicas para as pessoas que se encontram nessa posição. Isso porque as múltiplas dimensões de opressão se cruzam, aumentando as desigualdades e dificultando o acesso a recursos e oportunidades.
A opressão de gênero pode afetar mulheres em geral, mas quando associada à raça e outros aspectos, como a maternidade e o autismo, os desafios se tornam ainda maiores. As mulheres negras enfrentam discriminação racial e de gênero, além de terem maior probabilidade de viver em situações de pobreza, o que pode tornar ainda mais difícil conciliar trabalho, cuidado dos filhos e outras responsabilidades.
Para as mães autistas, a necessidade de conciliar as demandas dos cuidados com os filhos e as próprias necessidades autistas pode ser especialmente desafiadora. A falta de compreensão e suporte em relação ao autismo pode levar a críticas e julgamentos, tanto de outras pessoas quanto da própria pessoa autista, que pode se sentir inadequada ou incapaz de cumprir suas responsabilidades parentais.
Além disso, a interseccionalidade pode afetar o acesso a recursos e oportunidades, como educação e emprego. Mulheres negras, mães e pessoas autistas podem enfrentar barreiras adicionais para acessar esses recursos, o que pode limitar suas possibilidades de desenvolvimento e sucesso.
Portanto, é importante reconhecer as complexas interseccionalidades presentes nas vivências das pessoas e trabalhar para criar um ambiente mais inclusivo e acessível, que valorize a diversidade e promova a igualdade de oportunidades.
A Educação Inclusiva é um direito humano e fundamental reconhecido por diversos tratados internacionais de direitos humanos, como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Segundo essa convenção, as pessoas com deficiência têm o direito à educação em igualdade de condições com as demais pessoas, em todos os níveis de ensino e em um ambiente inclusivo, que respeite a diversidade e a diferença.
A Educação Inclusiva se baseia no princípio da igualdade de oportunidades e na valorização da diversidade humana. Ela pressupõe a adoção de medidas que assegurem a inclusão e a participação plena e efetiva de todos os estudantes, sem qualquer forma de discriminação ou exclusão. Essas medidas podem incluir a adaptação de recursos pedagógicos, a formação de professores e profissionais da educação, a oferta de apoio especializado e a promoção de ambientes escolares mais acolhedores e inclusivos.
A Educação Inclusiva não é apenas um direito, mas também um dever do Estado e da sociedade como um todo, que devem garantir a oferta de uma educação de qualidade para todos os estudantes, independentemente de suas características ou necessidades educacionais especiais. Além disso, ela contribui para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e solidária, em que a diversidade é valorizada e respeitada.
Médico psiquiatra graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Residência médica em Psiquiatria pelo Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira em Campinas e Fellow em Pedopsiquiatria com ênfase em Autismo e Esquizofrenias Precoces no Hospital de Ville Evrard em Paris, França. Professor convidado do curso de Extensão da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp. Vinícius Barbosa atualmente é Coordenador do Núcleo do Cannabis Medicinal do Hospital Sírio Libanês em São Paulo e realiza pesquisa com o uso de cannabinóides no Autismo.
O Direito à Saúde e ao Bem-estar é um direito fundamental de todo ser humano, e a Cannabis Medicinal tem mostrado um potencial promissor no tratamento de diversas doenças e sintomas, incluindo em pessoas autistas e com síndromes raras. A Cannabis Medicinal é uma planta que contém compostos químicos chamados canabinoides, que têm propriedades terapêuticas comprovadas em estudos científicos, incluindo a redução de sintomas de ansiedade, insônia, dores crônicas, espasticidade, entre outros.
Para pessoas autistas e com síndromes raras, o uso da Cannabis Medicinal pode trazer benefícios significativos, como a melhoria do sono, redução de comportamentos repetitivos e agressivos, melhora na interação social e redução da ansiedade. Além disso, a Cannabis Medicinal pode ajudar a reduzir os efeitos colaterais de outros medicamentos utilizados no tratamento dessas condições.
No entanto, o acesso à Cannabis Medicinal ainda é limitado em muitos países, incluindo o Brasil. Apesar de a legislação brasileira permitir o uso medicinal da Cannabis, a burocracia e a falta de informação ainda dificultam o acesso de pacientes que poderiam se beneficiar do tratamento.
É importante ressaltar que o uso da Cannabis Medicinal deve ser realizado com acompanhamento médico e em conformidade com as regulamentações locais. A dosagem, a forma de administração e o tipo de produto a ser utilizado devem ser determinados pelo médico responsável pelo tratamento, considerando as necessidades e condições de cada paciente.
Em resumo, a Cannabis Medicinal tem um potencial significativo no tratamento de pessoas autistas e com síndromes raras, contribuindo para o Direito à Saúde e ao Bem-estar desses indivíduos. É necessário que haja uma maior conscientização e informação sobre o uso medicinal da Cannabis, para que mais pessoas possam se beneficiar dessa terapia segura e eficaz.
A distribuição de CBD na rede pública de saúde pode ser uma medida importante para garantir que pacientes com autismo e doenças raras tenham acesso a tratamentos seguros e eficazes, independentemente de sua condição financeira.
Muitas vezes, o custo do CBD pode ser um obstáculo para pacientes que precisam do tratamento, especialmente considerando que a maioria dos planos de saúde não cobrem o custo do CBD para o tratamento de autismo e doenças raras. Isso pode deixar muitos pacientes sem opções de tratamento acessíveis.
Ao fornecer o CBD na rede pública de saúde, os pacientes terão acesso ao tratamento sem ter que arcar com os altos custos de comprar o CBD por conta própria.
É importante também que o tratamento seja monitorado e acompanhado por profissionais de saúde, para garantir que o paciente esteja respondendo bem ao tratamento e não sofra efeitos colaterais.
Em resumo, a distribuição de CBD na rede pública de saúde pode ser uma opção viável para fornecer acesso a tratamentos seguros e eficazes para pacientes com autismo e doenças raras que não têm recursos financeiros para adquirir o CBD por conta própria. Essa medida pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes e suas famílias.
A questão da inclusão de pessoas autistas e a participação das mulheres, especialmente as mães de pessoas autistas, no poder são temas que se interligam e que são fundamentais para garantir a defesa dos direitos das pessoas autistas e para promover a inclusão e a diversidade na sociedade. Aqui estão algumas informações que podem ajudar a entender melhor o assunto:
A questão da inclusão de pessoas autistas e a participação das mulheres, especialmente as mães de pessoas autistas, no poder são temas que se interligam e que são fundamentais para garantir a defesa dos direitos das pessoas autistas e para promover a inclusão e a diversidade na sociedade. Aqui estão algumas informações que podem ajudar a entender melhor o assunto:
O Projeto de Neurodiversidade de Stanford é um programa de pesquisa participativa baseada na comunidade liderado pelo médico e pesquisador Lawrence Fung, que tem como objetivo entender e valorizar a diversidade neurológica. A iniciativa envolve uma parceria entre a Universidade de Stanford, pessoas neurodivergentes e organizações da comunidade.
A abordagem da pesquisa participativa baseada na comunidade busca promover a inclusão e a participação ativa das pessoas neurodivergentes em todas as etapas da pesquisa, desde a concepção das perguntas de pesquisa até a disseminação dos resultados. Isso ajuda a garantir que a pesquisa seja relevante, significativa e responsiva às necessidades e desejos da comunidade neurodivergente.
A pesquisa realizada pelo Projeto de Neurodiversidade de Stanford aborda uma ampla gama de tópicos relacionados à neurodiversidade, incluindo o bem-estar, o desenvolvimento social e emocional, as habilidades e talentos específicos de pessoas neurodivergentes e as barreiras enfrentadas por elas em diversos aspectos da vida.
Além da pesquisa, o projeto também envolve programas educacionais e de divulgação, como workshops, palestras e eventos comunitários, para promover a conscientização e a aceitação da neurodiversidade.
O objetivo final do Projeto de Neurodiversidade de Stanford é promover uma abordagem mais inclusiva e valorizadora das diferenças neurológicas, que permita que as pessoas neurodivergentes possam ter uma participação plena e ativa em suas comunidades.
Anabel Moriña é uma pesquisadora e professora universitária que se dedica ao estudo da inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior. Seu trabalho é focado em identificar as barreiras que impedem a participação plena e efetiva de pessoas com deficiência no ensino superior e em propor soluções para promover a inclusão e a equidade.
Moriña argumenta que a inclusão no ensino superior é importante não apenas para garantir o acesso à educação, mas também para promover a igualdade de oportunidades e para garantir que as pessoas com deficiência possam participar plenamente da sociedade e contribuir com suas habilidades e talentos.
Em suas pesquisas, Moriña identificou uma série de barreiras que impedem a participação plena de pessoas com deficiência no ensino superior, incluindo a falta de acessibilidade física e tecnológica, a falta de apoio e orientação adequados, e a falta de conscientização e sensibilização por parte dos professores e demais membros da comunidade acadêmica.
Para promover a inclusão no ensino superior, Moriña defende a importância de abordar essas barreiras de forma holística e colaborativa, envolvendo tanto as pessoas com deficiência quanto as instituições acadêmicas e os responsáveis pela política educacional. Isso pode incluir a implementação de adaptações físicas e tecnológicas, a oferta de suporte acadêmico e emocional, e a promoção de conscientização e capacitação para professores e estudantes.
Através de seu trabalho, Moriña busca garantir que a educação superior seja acessível e inclusiva para todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou deficiências.
A filosofia da diferença é uma corrente filosófica que surgiu a partir do pensamento de Gilles Deleuze e Felix Guattari. Ela propõe uma abordagem não hierárquica da diferença, que valoriza a multiplicidade e a diversidade. Segundo essa perspectiva, a diferença não é uma falha ou uma falta, mas sim uma característica fundamental da realidade.
Para a filosofia da diferença, o mundo é composto por uma multiplicidade de seres e acontecimentos, cada um com sua própria singularidade e particularidade. Essa multiplicidade é uma fonte de criação e transformação contínuas, e a diferença é vista como um fator positivo e produtivo.
Essa perspectiva tem implicações políticas importantes, pois desafia as hierarquias e binarismos que sustentam o sistema de opressão. Ao valorizar a diferença, a filosofia da diferença pode ajudar a criar um espaço para a diversidade e o respeito às singularidades, e pode fornecer um quadro teórico para a luta contra a exclusão social, a discriminação e a injustiça.
A filosofia da diferença também tem influenciado outras áreas do conhecimento, como a psicologia, a antropologia e a sociologia. Por exemplo, a psicologia da diferença propõe uma abordagem que valoriza a singularidade dos indivíduos, em oposição a uma visão universalista e padronizada da psicologia. A antropologia da diferença, por sua vez, enfatiza a diversidade cultural e a importância de compreender e respeitar as diferentes formas de vida e pensamento.
Para Gallo, a filosofia da diferença é uma perspectiva crítica e criativa, que permite pensar de forma mais aberta e pluralista, sem reduzir a complexidade da vida humana a modelos ou concepções pré-determinadas.
A construção de políticas públicas inclusivas em âmbito federal é um grande desafio para os governos, uma vez que se trata de um processo complexo que envolve diversas esferas da administração pública e da sociedade em geral.
Um dos principais desafios é garantir que as políticas públicas sejam realmente inclusivas, ou seja, que atendam às necessidades e demandas de todas as camadas da população, especialmente das mais vulneráveis e marginalizadas. Isso requer um esforço constante de identificação e avaliação das demandas e necessidades da população, por meio de processos participativos e democráticos que garantam a voz e a representação de todos os segmentos sociais.
Outro desafio importante é garantir a integração e a articulação entre as diferentes políticas públicas, de modo a promover a efetividade e a eficácia das ações do Estado. As políticas públicas devem ser pensadas de forma integrada e complementar, considerando as complexas dinâmicas sociais e econômicas que afetam a vida das pessoas.
Além disso, é fundamental garantir a transparência das políticas e contas públicas, de forma a promover a participação e o controle social. A transparência das informações e a prestação de contas são elementos importantes para a construção da confiança e da credibilidade das políticas públicas, bem como para o fortalecimento da democracia.
Outro desafio importante é o de garantir a continuidade e a sustentabilidade das políticas públicas ao longo do tempo, independentemente dos ciclos políticos e das mudanças de governo. Isso requer uma gestão pública eficiente e responsável, que seja capaz de planejar e executar as políticas públicas de forma estratégica e com visão de longo prazo.
Em suma, a construção de políticas públicas inclusivas em âmbito federal é um desafio complexo e multifacetado, que requer a participação ativa da sociedade civil, a integração e articulação das políticas públicas e a transparência, e uma gestão pública eficiente e responsável. A superação desses desafios é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, que promova a inclusão social e a cidadania plena para todos os seus membros.
A Faculdade de Direito do Largo São Francisco é uma das faculdades de direito mais tradicionais do Brasil e está localizada na região central da cidade de São Paulo, mais precisamente no Largo São Francisco. É uma das escolas de direito mais renomadas do país, tendo sido fundada em 1827.
Largo São Francisco 95, São Paulo - São Paulo, 01005, Brazil